O câncer de mama é um dos tumores que mais afetam as mulheres do mundo todo. Por ser altamente comum, a ampla divulgação de campanhas e informações são fundamentais como estratégia de saúde pública.
O mês de outubro é o mês do combate ao câncer de mama, uma das campanhas mais importantes na área da saúde.
É importante falarmos sobre esse assunto, pois a informação pode salvar vidas. O câncer de mama é o tipo de neoplasia (ou tumor) com maior incidência e mortalidade na população do sexo feminino no Brasil e no mundo.
Alguns dados sobre a incidência do câncer de mama
No Brasil, estima-se que, no triênio 2020-2022, ocorrem 66.280 casos novos de câncer de mama a cada ano, o que equivale a um risco de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres.
Desconsiderando os tumores de pele não melanócitos, esse tipo de câncer é o mais frequente entre as mulheres brasileiras, com risco de:
- 81,06/100 mil na Região Sudeste;
- 71,16/100 mil na Região Sul;
- 45,24/100 mil na Região Centro-Oeste;
- 44,29/100 mil na Região Nordeste;
- 21,34/100 mil mulheres na Região Norte do país.
Estratégias utilizadas na saúde pública:
O diagnóstico precoce efetivo do câncer de mama é uma estratégia de saúde pública que envolve uma multiplicidade de ações construídas em torno da educação em saúde da população para sinais e sintomas suspeitos de câncer, da capacitação profissional para avaliação dos pacientes com sinais e sintomas suspeitos e do preparo dos serviços de saúde para garantia da confirmação diagnóstica oportuna.
Destaca-se a importância do diagnóstico com qualidade, garantia da integralidade e continuidade da assistência em toda essa linha de cuidado.
O objetivo da prevenção primária é impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui a adoção de um modo de vida saudável e evitar a exposição a substâncias causadoras de câncer.
O objetivo da prevenção secundária do câncer é detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres assintomáticos iniciais.
Como é feito o diagnóstico?
O exame CA 15-3 é um marcador tumoral utilizado para o câncer de mama, embora também seja encontrado em outras malignidades. O ensaio utiliza coleta de sangue e permite a detecção da glicoproteína codificada pelo gene MUC-1, produzida pelas células epiteliais glandulares.
Embora a expressão dessa proteína possa estar elevada em pacientes com neoplasias de mama, o teste não deve ser utilizado para o diagnóstico ou rastreamento, já que sua sensibilidade em estágios precoces é insuficiente para essas finalidades.
Somente 23% das pacientes com câncer primário apresentam níveis elevados do marcador. Valores aumentados também podem ser encontrados em pacientes com doenças hepáticas e mamárias benignas, e em cerca de 5% da população geral.
Os níveis circulantes de CA 15-3 podem ser utilizados juntamente com avaliação clínica e exames de imagem na monitorização do tratamento de pacientes com neoplasia de mama metastática.
Cerca de 66% das pacientes com regressão da doença induzida por quimioterapia apresentam redução dos níveis de CA 15-3 e 80% daquelas com doença progressiva apresentam aumento nos níveis desse marcador.
No entanto, deve-se ressaltar que elevações espúrias podem ocorrer nas primeiras quatro a seis semanas após tratamento quimioterápico. Alguns estudos demonstraram que CA 15-3 pode ser útil também na avaliação do prognóstico.
Em caso de suspeita ou dúvidas, procure um clínico de sua confiança. Nós da Gedallab estamos juntos no combate ao câncer de mama.
* Este texto foi redigido conforme evidências disponíveis até 12/09/2022.
Referências utilizadas para o texto:
Vista do Ações de Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil: Análise dos Dados do Sistema de Informação do Controle do Câncer de Mama (Sismama), 2009-2015 (inca.gov.br)Outubro Rosa | INCA – Instituto Nacional de Câncer